A Comissão criada para analisar a localização do novo aeroporto de Lisboa admite vir a excluir as opções entregues pelo Governo, dada a liberdade que o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, conferiu.
Em entrevista ao jornal Público, a Coordenadora da Comissão independente, Rosário Partidário, revelou ainda que os portugueses vão poder sugerir opções.
O relatório final daquela que será a melhor opção para o novo aeroporto de Lisboa será entregue ao Governo até ao final do ano. Mas, até lá, há um calendário específico para atender:
Até fevereiro, a Comissão Independente vai ouvir cerca de 30 entidades : ANA, APA, NAV, Instituto da Conservação da Natureza, Autoridade Nacional da Aviação, entre outras, que vão ser chamadas para dar perspetivas.
Das informações recolhidas, nascerá um filtro que será usado a partir de abril e que vai excluir todas as hipóteses que não respeitem os critério de validação.
Em entrevista ao Público, a Coordenadora da Comissão independente admite que as hipóteses governativas podem ficar pelo caminho já em abril
depois de aplicados os critérios.
Questionada pelo jornal sobre o número de soluções que ficarão em cima da mesa, Rosário Partidário admite que, mesmo com as que forem acrescentadas ao longo deste ano, podem sobrar bem menos do que as cinco identificadas pelo Governo e recorda que o anterior ministro das infraestruturas, Pedro Nuno santos, deu liberdade à Comissão para excluir as hipóteses apresentadas pelo governo.
Depois da filtragem começam as avaliações com enfoque estratégico e em novembro, a coordenadora da Comissão espera colocar em consulta pública, um relatório com todas as opções que sobreviveram.