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Acesso ao telemóvel de Luana poderia ter antecipado o resgate?

A demora no acesso da Polícia Judiciária aos dados de telemóvel da jovem de 17 anos esteve em análise na antena da SIC Notícias. Veja aqui o debate na íntegra.

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A Polícia Judiciária esteve cinco meses à espera de autorização para ter acesso aos dados de telemóvel da jovem de 17 anos, que desapareceu em Leiria. O tema esteve em análise na antena da SIC Notícias por Mauro Paulino, psicólogo forence, Francisco Chagas, ex-inspetor da PJ e por Adão Carvalho, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

Sobre a decisão da juíza de instrução, a primeira instância que analisou o pedido e que negou o acesso ao Ministério Público, Adão Carvalho refere que estando neste caso em risco o bem-estar e a própria vida da jovem, o que a lei prevê é que tem de haver o consentimento que "ou é prestado pelos pais porque é menor ou é mesmo de presumir porque não existindo oposição e os pais comunicando a uma instância policial, a um órgão de polícia criminal que a sua filha está desaparecida estão claramente a consentir".

Mauro Paulino fala em "falta de consciência" e diz a demora "abre espaço a que esta família e esta jovem tenham ficado presos na lotaria do sistema de justiça". O psicólogo forense apontou ainda os impactos psicológicos que este tempo em cativeiro pode ter causado à vítima, e que ainda estão por determinar.

Francisco Chagas questiona "porque é que se tiveram estes quatro ou cinco meses à espera que o Tribunal da Relação entendesse que a decisão da Sra. juiza de Instrução de facto, entre aspas, era uma aberração" e fez um apelo a que as instâncias judiciais sejam mais rápidas neste tipo de respostas para que a Polícia Judiciária consiga fazer o seu trabalho.