País

Acordo do Governo com sindicatos dos professores deve acontecer de forma "pensada e ponderada"

Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, referiu que o partido acredita "vivamente na escola pública" e na ideia de que "não se faz boa escola pública sem bons professores".

Líder da bancada socialista, Eurico Brilhante Dias.
Loading...

O PS afirmou esta quinta-feira que espera que o Governo chegue a um acordo "o mais rapidamente possível" com os sindicatos dos professores, mas salientou que o deve fazer "de forma pensada, ponderada" e "dentro das condições financeiras do país".

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após uma reunião do Grupo Parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias salientou que o PS "acredita no processo negocial que está em curso" entre o Governo e os sindicatos.

"O Grupo Parlamentar do PS espera que, o mais rapidamente possível, dentro das condições que o país tem, se possa chegar a um bom acordo com os professores", declarou.

Numa declaração feita antes de o PSD anunciar a marcação de um debate sobre educação para 22 de fevereiro e de pedir ao Governo para negociar a recuperação do tempo de serviço, Brilhante Dias referiu que o PS acredita "vivamente na escola pública" e na ideia de que "não se faz boa escola pública sem bons professores, sem professores empenhados".

"Aquilo que procura o Governo, no quadro do programa eleitoral do PS e do programa do Governo, é que isso seja possível", frisou.

PS "compreende a frustração" dos professores

Brilhante Dias disse que o PS "compreende a frustração" dos professores, que "é extensível a outros funcionários públicos e outros servidores públicos".

"Asseguro, seguramente, que o Governo teria todo o gosto e todo interesse em poder, da forma mais rápida possível, valorizar os professores no quadro da sua carreira, mas temos de o fazer de forma pensada, ponderada e possível", sublinhou.

O líder parlamentar do PS reiterou que o processo negocial "precisa de maturidade" e de "ser possível dentro das condições financeiras do país", mas tendo sempre como objetivo "valorizar a carreira docente e valorizar os professores".

"Procuraremos sempre contribuir para a paz social das escolas, para a valorização dos professores e para um quadro de decisão que é um quadro de decisão sempre difícil", disse.

“Não está em causa alterar a lei da greve”

Por outro lado, Brilhante Dias replicou as declarações do primeiro-ministro, António Costa, de que "não está em causa alterar a lei da greve".

"A questão dos serviços mínimos foi suscitada pela atipicidade da greve suscitada pelo sindicato STOP, o colégio arbitral determinou serviços mínimos que estão - segundo julgo saber - a ser cumpridos na generalidade", disse.

O Ministério da Educação está hoje reunido com as 12 organizações sindicais que estão a participar nas negociações sobre o regime de concursos e colocação, naquela que é já a quarta ronda negocial.