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Incêndio na Mouraria: proprietária garante que não sabia que rés do chão era habitado

A vistoria da Câmara de Lisboa, realizada esta segunda-feira à tarde, conclui que, para já, o prédio tem de continuar desabitado por não dispor de “infraestruturas” energéticas.

Um incêndio, no número 55 da Rua do Terreirinho, no bairro da Mouraria, provocou no passado sábado, dois mortos e 14 feridos.
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Nenhum morador vai poder regressar, para já, ao prédio da Mouraria, em Lisboa, onde um incêndio matou duas pessoas este sábado. A proprietária do rés do chão onde viviam, pelo menos, 16 imigrantes em condições indignas diz que não sabia que o espaço estava habitado.

O que inicialmente foi chamado de T0 é, afinal, uma loja cujo contrato de arrendamento comercial foi feito por 750 euros mensais.

A proprietária que não quer ser identificada afirma que não sabia que o espaço se encontrava subarrendado e que foi convertido em camarata onde, três dias após o incêndio, ainda não se sabe ao certo quantas pessoas moravam naquele local, mas seriam, pelo menos, 15 imigrantes sul-asiáticos.

Prédio não possui condições para ser habitado

A vistoria da Câmara de Lisboa, realizada esta segunda-feira à tarde conclui que, para já, o prédio tem de continuar desabitado por não dispor de “infraestruturas” energéticas.

Até as obras necessárias serem feitas no prédio, 13 dos 22 desalojados encontram-se a cargo da Santa Casa da Misericórdia, uma vez que os restantes encontraram solução própria.