A concentração de trabalhadores e empresários teve como objetivo mostrar o cartão vermelho ao Governo pelas medidas que foram aprovadas sobre o Alojamento Local.
Quem também apareceu na manifestação foi o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que quis mostrar apoio ao setor e acusou o Governo de não ter trabalhado com os municípios.
“Os presidentes das Câmaras não foram ouvidos. Eu penso que isto seja grave. As medidas de habitação deveriam ter sido consensualizadas e trabalhadas com os presidentes das câmaras”, denunciou Carlos Moedas.
“Os presidentes das Câmaras conhecem os problemas e estão todos os dias nos bairros municipais”, acrescentou.
O documento esteve umas semanas em consulta pública, houve alterações, mas a suspensão de novas licenças, ou a reapreciação das atuais de Alojamento Local mantêm-se no documento final.
A validade das novas licenças será de cinco anos e os condomínios vão poder decidir pelo fim de um Alojamento Local.
“Nós, hoje, temos a Lisboa que temos, porque investimos o nosso dinheiro”, disse uma manifestante à SIC Notícias.
Já na cidade do Porto, investidores, empresários e trabalhadores também mostraram a insatisfação.
Em 2018 foi criada uma lei que passava para as autarquias a fiscalização e concessão de licenças de Alojamento Local. Agora, o presidente da Câmara do Porto acusa o Governo de estar a retirar poderes aos municípios.
“Conversas de descentralização, nós já não acreditamos”, apontou o presidente da câmara municipal do Porto, Rui Moreira.
O documento irá agora ser discutido no Parlamento antes da aprovação. Mas ainda antes de se saberem os pormenores, a Iniciativa Liberal anunciou que iria fazer uma queixa aos tribunais europeus.