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Caso Galamba: Chega quer ouvir SIRP no Parlamento

Em causa está a polémica que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e a recuperação do portátil do seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro.

Presidente e deputado do CHEGA, André Ventura na Assembleia da República
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Para além do responsável máximo do SIS, o Chega quer ouvir o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), no Parlamento.

O pedido foi confirmado pelo líder André Ventura, que pede esclarecimentos sobre ingerência de poderes.

"Esperamos não estar perante novos casos de proximidade indevida entre responsáveis políticos destes serviços e os políticos que nos governam", afirmou aos jornalistas.

Em conferência de imprensa, Ventura considerou que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, não tem condições para permanecer em funções e defendeu uma reformulação do Governo ou a dissolução do Parlamento, ao invés de "remendos pontuais".

“Conforme já ficou claro para todos, o ministro João Galamba não tem nenhumas condições para continuar a ser ministro da República (…) Cada hora que fica a mais, é mais uma hora de degradação do Governo e do seu prestígio."

O presidente do Chega apontou que essa é a solução "que parece cada vez mais próxima e inevitável", apesar de ser "a solução que ninguém gostaria".

SIRP pediu por "iniciativa própria" informação sobre atuação do SIS

O SIRP esclareceu esta terça-feira que, por sua própria iniciativa, pediu informações sobre a intervenção do Sistema de Informações e Segurança (SIS) no caso da recuperação do computador atribuído a um ex-adjunto governamental com informação classificada.

Em causa está a recuperação do portátil atribuído a Frederico Pinheiro - adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba -, que foi demitido na sequência da polémica sobre a entrega de documentos à comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro garantiu que não foi informado do envolvimento do SIS na recuperação do computador e que ninguém do Governo deu ordens aos serviços de informação para fazerem o que quer que fosse.