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Operação Picoas: funcionários da Altice sentem-se enganados e usados

Interrogatórios aos quatro detidos estão na fase final. Hernâni Vaz Antunes, o principal arguido, continuou esta sexta-feira a ser ouvido pelo juiz Carlos Alexandre.

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A confirmarem-se as suspeitas que levaram à detenção de quatro suspeitos na Operação Picoas, os trabalhadores do grupo Altice em Portugal dizem que se sentem enganados e usados pela gestão da empresa.

“O próprio futuro da empresa deixa dúvidas. O que é que acontecerá depois de Armando Pereira e de toda esta situação, se tudo isso vier a ser confirmado. Até porque os trabalhadores sentem-se usados”, afirma Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal.

Os interrogatórios, conduzidos pelo juiz Carlos Alexandre, estão agora na fase final, com o principal arguido, Hernâni Vaz Antunes, a ser ouvido na manhã desta sexta-feira. O último dos quatro arguidos a ser interrogado é suspeito de ter corrompido Armando Pereira e outros altos quadros da Altice para garantir contratos de faturação à empresa em cinco anos.

Em causa estão crimes de corrupção, branqueamento de capitais e também fraude fiscal.

Armando Pereira, fundador da Altice, já foi ouvido pelo magistrado, num interrogatório que durou oito horas, numa altura em que já estava detido há mais de uma semana.

E assim deverá permanecer até que sejam conhecidas as medidas de coação, o que só acontecerá a partir de segunda-feira por não se realizarem diligências este fim de semana.