A Iniciativa Liberal e o Chega querem fazer uma revisão constitucional, cada qual com os próprios motivos. A IL para reduzir o "papel central" do Estado na economia e o Chega para permitir, por exemplo, a prisão perpétua.
Em entrevista à SIC Notícias, Jorge Bacelar Gouveia defendeu esta quinta-feira que deve ser feita uma revisão constitucional.
"Penso que sim. Sinceramente acho que há coisas a alterar na Constituição", afirmou Bacelar Gouveia apresentado alguns exemplos que sustentam a sua opinião.
Já António Filipe considerou durante a entrevista que a revisão constitucional "não deva ser uma prioridade", apesar de reconhecer que há "um défice no cumprimento da Constituição".
Na opinião de António Filipe, a revisão que a IL quer fazer é uma "revisão muito profunda".
"Creio que é um dever dos democratas, ou seja das pessoas que se identificam com a Constituição de 76, defender a Constituição e lutar pelo seu cumprimento", disse.
Também em declarações à SIC Notícias, Vitalino Canas considerou "ser necessário rever alguns aspetos da Constituição".
"A Constituição não é revista há 20 anos e naturalmente em 20 anos muita coisa se altera", afirmou.
Contudo, o constitucionalista salientou que rever alguns aspetos não é fazer uma nova Constituição.
"Pode haver justificação para uma revisão constitucional. O que absolutamente não existe é justificação para uma rutura constitucional", garantiu.