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Alterações na disciplina de Cidadania geram polémica entre partidos: "Estamos a falar de um recuo de décadas"

Os partidos de esquerda criticaram a decisão do Governo de retirar a educação sexual do programa da disciplina de Cidadania. Apesar das críticas, a direita mantém a decisão.

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Com a sexualidade aparentemente fora das aprendizagens essenciais da disciplina de Cidadania, não tardaram a surgir as reações da esquerda à decisão do Governo.

"É preciso termos noção de que a primeira vez que este Parlamento aprovou uma lei sobre este assunto foi em 1984 e, portanto, estamos a falar de um recuo de décadas na valorização dos direitos humanos, da educação das nossas crianças e da educação sexual", diz Mariana Vieira da Silva do Partido Socialista (PS).

Não foi só o PS que discordou da decisão de Fernando Alexandre, Ministro da Educação. Também o Livre, o Bloco de Esquerda, o PCP e o PAN criticaram as alterações, dizendo que esta é apenas mais uma prova de que o PSD está refém da agenda do Chega.

"Luís Montenegro fez-se de um noivo bastante difícil. Inicialmente era não é não, mas, pelos vistos, não resistiu ao namoro de André Ventura e do não é não passámos talvez para um sim. Portanto, não sabemos quando é que vamos todos ser convidados para o casamento, mas a verdade é que o país, neste momento, está a pagar a fatura de ter havido aqui um passo atrás", afirma Inês Sousa Real do PAN.

À direita, André Ventura defende a posição do Governo e desafia aqueles que a criticam. Em resposta ao Partido Socialista, Hugo Soares não cede.

O documento está em consulta pública até ao dia 1 de agosto.