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"Há coisas mais importantes": Gouveia e Melo desvaloriza polémica com disciplina de cidadania

O almirante, que está na corrida a Belém, confessa que “estaria muito mais preocupado com o ensino da matemática, do português, da física e de discussões à volta disso”. 

O candidato à Presidência da República, Henrique Gouveia e Melo
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O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo disse, esta terça-feira, não estar preocupado com as alterações à disciplina de cidadania propostas pelo Governo e defendeu que há coisas mais importantes para debater. 

À margem do evento Estoril Talks, que se realiza esta terça-feira, e onde foi orador convidado, o almirante que irá candidatar-se a Belém confessou que “estaria muito mais preocupado com o ensino da matemática, do português, da física e de discussões à volta disso”. 

Reconheceu ainda que a disciplina de cidade “é importante”, mas ressalvando que se trata de uma "submatéria”. 

“Temos de nos concentrar verdadeiramente no que interessa e há coisas mais importantes para resolver neste momento”, considerou. 

O candidato presidencial considera que o essencial é haver um “ensino de qualidade que prepare os futuros homens e mulheres” para um mundo “super competitivo” e que lhes dê “autonomia para poderem viver e competir nesse mundo”. 

As alterações do Executivo

Até agora, a disciplina de cidadania contava com 17 domínios, incluindo alguns mais polémicos como a igualdade de género ou a sexualidade, mas nem todos eram obrigatórios.  

De acordo com a apresentação feita pelo Governo, há duas semanas, todos esses passam, agora, a ser integrados em oito dimensões obrigatórias, quatro das quais em todos os anos de escolaridade (Direitos Humanos, Democracia e Instituições Políticas, Desenvolvimento Sustentável, e Literacia Financeira e Empreendedorismo).