António Sousa saiu do Maranhão, no Brasil, assim que soube que Francisca tinha desaparecido. Os dias foram passando e tornaram-se meses à espera de informações sobre o paradeiro da irmã. Quando o telemóvel tocou, com chamadas e mensagens de WhatsApp de um número que não conhecia, atendeu na esperança de ter notícias sobre a Francisca.
Pediu ajuda a um amigo para falar com o homem que pedia dinheiro em troca de Francisca. Quando foram pedidas mais garantias do outro lado, desligaram. O telefonema alimentou a esperança de encontrar a irmã. A SIC tentou contactar o homem que diz ter sequestrado Francisca, mas o telemóvel está desligado.
Sem saber se a chamada é apenas uma tentativa de burla, António entregou a gravação às autoridades. A Polícia Judiciária recolheu, entretanto, o ADN do irmão e quer fazer o mesmo com os familiares no Brasil. A investigação continua.
Duas funcionárias do restaurante onde Francisca trabalhava há dois anos foram ouvidas pela Polícia Judiciária. A falta de respostas, três meses depois do desaparecimento, faz aumentar o desespero da família.
A mulher de 44 anos desapareceu no dia 20 de junho. A PJ chegou a fazer buscas na quinta do namorado, que dizia ser médico-cirurgião, mas trabalha na recolha de lixo. Francisca trocou o Brasil por Portugal há 4 anos.