A diretora-geral da Saúde debruçou-se esta segunda-feira, numa entrevista ao Polígrafo SIC, sobre a propagação da nova variante Ómicron no país, a situação pandémica que Portugal está a atravessar, o reforço vacinal e preocupações futuras no âmbito da covid-19. Graça Freitas ainda admite que a semana de contenção, de 2 a 9 de janeiro, pode não ser suficiente face ao panorama epidemiológico.
O Governo antecipou o Conselho de Ministros para terça-feira no âmbito da pandemia, para "equacionar que novas medidas podem ser tomadas" perante um cenário de "alta incerteza, que exige a máxima precaução, adotando medidas cumulativas".
"Continuar a incentivar a vacinação, a questão dos testes em diferentes situações (...) todas as medidas que têm a ver com aglomerados de pessoas no interior de espaços", aponta Graça Freitas.
A nova variante acarreta um risco muito elevado em termos de propagação, podendo ser responsável por 80% dos novos casos serão provocados pela Ómicron. A diretora-geral de Saúde aponta que o "volume potencial de novos casos" poderá vir a gerar pressão nos hospitais.
Questionada se as vacinas que estão a ser administradas contra a covid-19 conferem uma proteção eficaz contra a Ómicron, Graça Freitas admite que "pode não ser completamente eficaz ou tão eficaz quando comparada com outras estirpes".
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