A falta de recursos humanos no IPO de Lisboa está a provocar atrasos nos tratamentos. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo jornal Público.
Desde o início do ano saíram quase 200 trabalhadores, a maioria enfermeiros, técnicos operacionais e médicos.
Ao jornal, o presidente do conselho de administração diz que há dificuldades em contratar apesar da autorização do Governo.
Admite também que há atrasos, mas que a maioria dos tratamentos é feita a tempo. João Oliveira considera que o problema é transversal aos hospitais do país e defende uma solução estratégica nacional.
Referenciação de doentes caiu 17% no IPO do Porto
A Sociedade Portuguesa de Oncologia diz que faltam dados sobre a realidade portuguesa. No caso do IPO do Porto, em 2020, foram referenciados menos 1.800 doentes e realizadas menos 20% de cirurgias por causa da pandemia.
Em 2021, os número de referenciação estão a regressar aos valores pré-pandemia. O IPO do Porto registou um incremento de doentes na ordem de 20%.
Por causa da pandemia, no ano passado foram referenciados ao IPO do Porto menos 1.800 doentes. Nas cirurgias, a quebra foi de 20%, tendo ocorrido nos primeiros meses do ano.
No ano passado, os hospitais realizaram menos 127.000 cirurgias.
A grande preocupação está também em retomar os programas de rastreio de base populacional, cancro da mama, colo do útero e coloretal. A quebra, a nível nacional, foi de 50% em 2020.
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