As ruturas de medicamentos são um problema grave para três em cada quatro hospitais e quase metade diz que afeta todos os tipos de fármacos, segundo um inquérito realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.
Para além das falhas mensais, as instituições referem ainda a incapacidade de medir os resultados clinicos do medicamento. Alexandre Lourenço, da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, diz que "não basta termos acesso a um medicamento (...), importa perceber se esse medicamento está a ter resultados clínicos para o doente".
Este trabalho, que teve a coordenação científica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e o apoio da Ordem dos Farmacêuticos, refere ainda que, dos que monitorizam os resultados das novas terapêuticas, apenas 28% efetuam análises de dados relativos à utilização dos medicamentos em contexto de vida real.
Na identificação das barreiras ao acesso do medicamento, o documento aponta a carga administrativa (70%), a ineficiência dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (50%) e a falta de verbas disponíveis (37%).