Serão os partidos da extrema-direita europeia herdeiros fiéis dos ideais fascistas dos anos 20 e 30 do século passado? Estará André Ventura amarrado ao pensamento de Salazar? Será Matteo Salvini o sucessor direto de Benito Mussolini? E que sinais de Francisco Franco vamos encontrar no pensamento político de Santiago Abascal?
A resposta a estas perguntas não pode deixar de ter em conta o fosso de um século entre o fascismo e a extrema-direita europeia. Como afirma António Scurati, um escritor - filósofo italiano, que entrevistámos para esta reportagem, os líderes populistas da extrema-direita europeia “já não usam a violência, nem o bastão” de Mussolini, mas seguem a mesma praxis política, “servindo-se da democracia para perverterem os valores que a enformam”.
O tempo e o modo são outros, mas as marcas do fascismo estão vivas. E neste episódio identificamo-las, uma a uma.
Numa viagem ao passado passamos pela cidade berço de Mussolini, Predappio, e pela aldeia onde nasceu Salazar, Vimieiro, Santa Comba Dão. Fomos, igualmente, ao País Basco conhecer a terra natal de Santiago Abascal. O líder do VOX, defensor da grande Espanha, nasceu num dos territórios mais independentistas de Espanha.
Estivemos com Abascal no País Basco e em Madrid, com Matteo Salvini em Itália, com Marine Le Pen em França e estamos a percorrer os passos de André Ventura desde fevereiro de 2020.
“O esqueleto saiu do armário” é a terceira estação de um longo percurso que só terminará a 14 de abril.
Na SIC Notícias online pode consultar o projeto “Extremos” com conteúdos complementares à série Grande Ilusão.
Reportagens de Pedro Coelho e José Silva (imagem); edição de imagem de Andrés Gutierrez; grafismo de Marta Coelho; produção de Diana Matias com alunos da NOVA FCSH; coordenação Amélia Moura Ramos; direção Ricardo Costa e Marta B. dos Reis.
Projeto financiado pela Bolsa de Jornalismo de Investigação atribuída pela Fundação Calouste Gulbenkian. O trabalho é igualmente fruto de uma parceria estabelecida entre a SIC e a NOVA FCSH.