As confederações patronais vão pedir uma audiência urgente ao primeiro-ministro por causa da concertação social. No final da reunião com o Presidente da República e a propósito do chumbo do Orçamento do Estado, Francisco Calheiros apelou à estabilidade do país.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal afirma que a reunião com o primeiro-ministro servirá para “esclarecer cabalmente aquilo que se passa” depois de, na semana passada, os patrões terem abandonado a Concertação Social, acusando o Governo de desrespeito.
Em causa estavam as leis aprovadas no dia anterior em Conselho de Ministros relativas à legislação laboral. Antes desta aprovação as alterações à lei laboral no âmbito da Agenda do Trabalho Digno tinham sido discutidas pela Concertação social, tendo o processo sido concluído sem que a proposta do Governo tivesse conseguido reunir o acordo dos parceiros sociais.
“Como sabem [o primeiro-ministro] já fez um pedido de desculpas público, que as confederações registaram, mas vamos pedir esta reunião para esclarecer cabalmente aquilo que se passa”, afirmou Francisco Calheiros.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal diz ainda esperar que, apesar da crise política, seja possível avançar com as reformas estruturais “que o país tanto precisa”.
“Não era nada que desejássemos uma crise política, a acrescentar a todas as crises que já tivemos. Isso não depende de nós, é uma questão iminentemente partidária, e, portanto, o que desejamos vivamente é que saia um desenho que permita fazer as reformas estruturais que o pais tanto precisa e voltarmos ao crescimento económico”, concluiu.
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