Duarte Cordeiro, Ministério do Ambiente e da Transição Energética, confirmou, em entrevista à SIC Notícias, que a parte poortuguesa do gasoduto entre a Penísula Ibérica e França custará a Portugal entre 200 e 300 milhões de euros. Admite que será pago pelos portugueses se não conseguir 100% de financiamento europeu.

"Será mais próximo de 300 milhões de euros, adaptado a hidrogénio".

Em entrevista à SIC Notícias, destaca que o objetivo é ter financiamento europeu. Lembra que o acordo entre Portugal, Espanha e França vai permitir recuperar a classificação de "Projeto de Interesse Comum", o que abre a possibilidade a um financiamento da Europa.

"Se nao for totalmente financiado por fontes de financiamento europeias é porque o resto será financiado por Portugal", afirma, acrescentando que, nesse caso, terá impacto tarifário.

O ministro admite que não está em condições de garantir que Portugal não terá problemas de abastecimento de gás no futuro.

Qual é o interesse para Portugal?

O ministro do Ambiente esclarece que o gasoduto ibérico assenta numa rede já existente e que reforça a resiliência de Portugal. O responsável destaca a possibilidade futura de Portugal vir a exportar gás.

Na SIC Notícias, falou ainda de uma "enorme desinformação" e apontou mesmo o dedo ao PSD, destacando "declarações absurdas" de Paulo Rangel.

"Se vamos fazer uma nova interligação, convém fazê-la do ponto de vista de adaptação para a utilização no futuro. Seria um absurdo sabermos que o futuro vai ser o hidrogénio e fazermos um investimento de adaptação abaixo da capacidade para hidrogénio".

O ministro do Ambiente explica ainda que vai ser possível a utilização de todos os tipos de gases: "Vamos sempre aproveitar as ligações que vamos fazer, aos poucos vamos renovando a rede".

Ministro do Ambiente em entrevista na SIC Notícias