João Silvestre, editor de Economia do Expresso, explica que os bancos saem beneficiados com a taxa dos certificados de aborro mais baixa. Começou a ser comercializada esta segunda-feira a nova série, que oferece uma taxa de juro mais baixa, de 2,5%
"Com a taxa de certificados mais baixa, os bancos estão menos pressionados no sentido de haver fuga de depósitos. São beneficiados".
No entanto, diz que a "fuga de depósitos" é "muito limitada" para a dimensão dos certificados de aforro.
No Jornal das 12 da SIC Notícias, destaca que há estava a haver uma "ligeira descida" dos certificados de aforro.
"A banca tem muita liquidez. É isso que em nada é alterado por esta medida. A banca tem mais de 30 mil milhões de euros parados do BCE pelos quais recebe 3,25%", acrescenta.
Em suma, as mudanças nos certificados de aforro beneficiam os bancos, mas, na prática, "o efeito é muito limitado".
O editor de Economia do Expresso lembra que as pessoas tiveram "muito tempo" para migrar para os certificados de aforro. Ainda na SIC Notícias, conclui:
"Do ponto de vista do Estado, faz sentido mexer neste instrumento?".
Começou a ser comercializada esta segunda-feira a nova série de Certificados de Aforro. A série E foi suspensa e é agora substituída pela série F que oferece uma taxa de juro mais baixa, de 2,5%, com um prazo máximo de 15 anos.
Estes novos Certificados de Aforro podem ser feitos também nos balcões dos bancos, e não apenas nos CTT e nos espaços do cidadão.
Quem já tinha a subscrição de um certificado de aforro não precisa de se preocupar porque as condições não se alteram. As mudanças são para quem vai fazer novas subscrições, a partir da próxima semana.
O Presidente da República pediu aos bancos que se esforcem um pouco mais no que diz respeito aos depósitos.