Economia

Habitação: juros atingem valor mais alto dos últimos 14 anos

Há três anos seguidos que todos os meses as taxas de juro sobem. A taxa de juro implícita fixou-se, em setembro, perto dos 4,3%. É o valor mais elevado desde março de 2009.

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As taxas de juro para o Crédito à Habitação voltaram a subir para valores históricos. Estão no valor mais alto dos últimos 14 anos. Em média a prestação custa agora 114 euros a mais do que há um ano.

Há três anos seguidos que todos os meses as taxas de juro sobem. As taxas variáveis a três, seis e 12 meses estão numa subida que tem sido constante. Na primeira metade de 2022, com o início da guerra na Ucrânia, a subida tornou acentuada.

A taxa de juro implícita fixou-se em setembro nos quase 4,3%. É o valor mais elevado desde março de 2009 - há mais de 14 anos que não era tão alto.

No que toca à prestação mensal, durante o mês de setembro, em média, cada pessoa com crédito à habitação pagou, por mês, 386 euros. Representa uma subida de 114 euros em relação ao mesmo mês do ano passado.

Se olharmos para o peso que os juros têm neste mesmo valor, vemos que mais de metade do valor pago são juros. Quando uma pessoa paga os 386 euros de prestação, 59 % são juros. Deste valor só 160 euros servem para amortizar o capital emprestado.

Estes valores representam médias, ou seja, há pessoas a pagar mais por mês e uma percentagem mais elevada de juros. Se forem apenas analisados os novos créditos à habitação, os valores disparam. O que explica a dificuldade cada vez maior em comprar casa para um português de classe média.