As autoridades sanitárias britânicas acrescentaram a perda ou alteração de olfato aos sintomas de infeção pelo novo coronavírus responsável pela doença Covid-19.
"Anosmia é a perda ou alteração de olfato normal. Também pode afetar o paladar, pois os dois estão intimamente ligados. Temos estado a acompanhar de perto a informação e evidências emergentes sobre a covid-19 e, após uma análise rigorosa, estamos confiantes o suficiente para recomendar esta nova medida".
Anunciaram em comunicado conjunto os diretores gerais de saúde das quatro nações que constituem o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).
As pessoas afetadas pela perda de olfato, bem como febre e tosse contínua, devem isolar-se durante sete dias ou mais se os sintomas persistirem, e o restante agregado familiar deve manter-se em isolamento 14 dias, exceto se um teste der resultado negativo.
A nova medida surge depois de um estudo realizado na semana passada pelo professor Tim Spector, da universidade King's College, em Londres, ter concluído que as pessoas que testaram covid-19 tinham três vezes mais probabilidades de sofrer perda de olfato ou paladar do que aqueles cujo resultado foi negativo.
O cientista criticou o governo britânico por incentivar as pessoas infetadas a voltarem ao trabalho apesar de falhas na deteção dos sintomas do vírus.
Segundo Spector, a perda de olfato já tinha sido adicionada como sintoma do novo coronavírus por 17 outros países, incluindo os EUA.
Com 34.636 mortes atribuídas ao novo coronavírus, o Reino Unido é o segundo país com maior mortalidade resultante da pandemia covid-19, atrás dos EUA.
Decretado em 23 de março, o regime de confinamento no país foi aliviado ligeiramente na Inglaterra, onde a população foi autorizada desde a semana passada a fazer exercícios sem limites ao ar livre e incentivada a voltar ao emprego se não for possível fazer teletrabalho.
Mais 13 mortos e 173 casos em Portugal. Número recorde de recuperados da Covid-19 em 24 horas
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta segunda-feira a existência de 1.231 mortes e 29.209 casos de Covid-19 em Portugal.
O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.218 para 1.231, mais 13, enquanto o número de infetados aumentou de 29.036 para 29.209, mais 173, o que representa um aumento de 0,59%.
O número de casos recuperados subiu de 4.636 para 6.430, mais 1.794, o maior número de recuperados em 24 horas desde o início da pandemia.
Há 628 doentes internados, menos 21 em relação a ontem. 105 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos, menos três face a domingo.
Mais de 315 mil mortos e mais de 4,7 milhões de infetados em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 315.270 pessoas e infetou mais de 4,7 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 315.270 pessoas e há mais de 4.727.220 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.
Entre esses casos, pelo menos 1.700.000 foram considerados curados.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à covid-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 89.564 óbitos em 1.486.742 casos Pelo menos 272.265 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido com 34.636 mortes para 243.303 casos, Itália com 31.908 mortes (225.435 casos), França com 28.108 mortes (179.569 casos) e Espanha com 27.650 óbitos (231.350 casos).
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A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.954 casos (sete novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.238 curados.
A Europa totalizou 166.836 mortes para 1.901.173 casos, Estados Unidos e Canadá 95.451 mortes (1.563.744 casos), América Latina e Caraíbas 29.493 mortes (524.050 casos), Ásia 12.394 mortes (362.543 casos), Médio Oriente 8.204 mortes (282.288 casos), África 2.765 mortes (85.028 casos) e Oceânia 127 mortes (8.402 casos).
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Links úteis
- Especial sobre o novo coronavírus Covid-19
- Linha SNS24
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC - Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças