Coronavírus

Alemanha tem proibido viagens não essenciais com origem em Portugal

Passageiros com escala em aeroportos alemães têm também sido impedidos de embarcar. Ministério dos Negócios Estrangeiros considera a situação discriminatória e desproporcional.

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A Alemanha tem estado a proibir as viagens não essenciais com origem em Portugal. E até os passageiros que têm apenas de fazer escala em aeroportos alemães têm sido impedidos de embarcar. O Governo português está descontente com a situação.

As restrições às viagens dentro da União Europeia multiplicam-se. E não só divergem entre Estados-membros como podem mudar de um momento para o outro. Pedro David ficou em terra, no domingo passado, quando tentava voar de Lisboa para Budapeste, onde reside, porque tinha escala em Frankfurt.

Mesmo apresentando um teste negativo à covid-19, feito nas 48 horas anteriores, não pode embarcar em Lisboa.

Contactado pela SIC, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz ter conhecimento de que a companhia aérea Lufthansa estava a recusar o embarque de passageiros com origem em Portugal, face às medidas restritivas impostas pela Alemanha. A tutela de Augusto Santos Silva considera a situação discriminatória e desproporcional.

Na classificação das autoridades alemãs, Portugal faz parte da chamada zona com variantes do vírus – onde estão também a Eslováquia, a República Checa ou Tirol, na Áustria. No site da Lufthansa, apenas Portugal e a Eslováquia aparecem nas exceções de onde não é permitido sair para a Alemanha, a não ser que se seja alemão ou residente no país.

O Governo português diz que está a tentar resolver a situação, fornecendo informações sobre a melhoria da situação epidemiológica das últimas semanas. Espera que, em breve, a restrição caia por terra, tal como a proibição mais geral de viagens não essenciais de Portugal para a Alemanha.

Questionada sobre o caso, a Comissão Europeia responde que as viagens não essenciais devem ser desencorajadas, mas não proibidas. E que as proibições devem ser substituídas por outras medidas – como quarentena e testes. Em fevereiro, Bruxelas enviou mesmo uma carta a Berlim para que revisse as medidas, mas até agora não houve mudanças.