Coronavírus

Covid-19. Partidos pedem testagem em massa nas escolas antes da reabertura

O aceleramento da vacinação e o aumento dos transportes públicos são também algumas das preocupações dos partidos.

(Arquivo)
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Horacio Villalobos

O Bloco de Esquerda, o PCP, o PAN e Os Verdes reagiram ao plano de desconfinamento anunciado esta quinta-feira pelo primeiro-ministro. Pedem testagem massiva nas escolas, acompanhada de um reforço das normas de segurança. Dizem que é necessário acelerar a vacinação e reforçar os transportes públicos.

Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, reconhece alguns dos pontos defendidos pelo partido no plano do Governo, mas alerta que “é necessário que, para lá do plano, a execução esteja à altura das necessidades do país”. “Testar em massa não pode ser apenas um objetivo que fica no papel, porque desde janeiro que o Governo diz que o quer fazer, mas não o fez”, sublinha.

Já o PCP reclama do Governo “a aquisição de outras vacinas já reconhecidas pela OMS e outras entidades nacionais”. Jorge Pires, membro da comissão política do Comité Central do partido, afirma que “as medidas acentuarão a crise económica e social, com o aumento do desemprego, o encerramento de milhares de micro, pequenas e médias empresas e o agravamento do empobrecimento e das desigualdades”.

O PAN considera “muito preocupante” que não se realize uma operação de testagem massiva dos agentes educativos escolares e afirma que “o Governo não aprendeu com os erros do passado”. Pedem ainda o aumento dos transportes públicos, que são pontos identificados de transmissão do vírus.

Também sobre as escolas, Os Verdes pedem que haja uma redução do número de alunos por turma, de forma a cumprir com as regras sobre o número de pessoas em espaços fechados.

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Os partidos à direita, consideram que a abertura do primeiro ciclo não deveria ter sido incluído na primeira fase do desconfinamento, uma vez que não há uma estratégia de testagem dos profissionais do ensino. Por outro lado, o Chega considera que a incerteza do plano gera "insegurança" nos portugueses.

Rui Rio concorda com as medidas apresentadas pelo primeiro-ministro, mas afirma que seria “mais prudente” na decisão de abrir o primeiro ciclo. O líder do PSD defende que a abertura desta fase de ensino deveria ser adiada 15 dias, “se os indicadores daqui por 15 dias o permitirem”.

O CDS afirma que o plano de desconfinamento “privilegia velocidade à razoabilidade”. Francisco Rodrigues dos Santos defende que é cedo regressar ao ensino presencial no primeiro ciclo quando “ainda não está preparada e implementada no terreno uma estratégia de profissionais docentes e não-docentes nas escolas”.

André Ventura, líder do Chega, reagiu também ao plano afirmando que a “clareza é praticamente zero”, que o “risco de voltar atrás em cada fase é enorme e isto gera um enorme sentimento de insegurança aos operadores económicos, às empresas, às famílias, aos operadores do turismo, das escolas, do comércio, do país inteiro”.

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