A OCDE alerta para o risco de Portugal enfrentar uma vaga de falências na segunda metade do ano, altura em que as moratórias chegam ao fim. A partir de setembro, as empresas e as família vão ter de começar a pagar quase 40 mil milhões de euros aos bancos e muitas não vão conseguir.
A imagem de marca da pandemia retrata também o estado de muitas empresas em Portugal: 52 mil estão ligadas ao ventilador das moratórias e a máquina vai ser desligada a partir de setembro. Há 23 mil milhões de euros para pagar.
A maioria dos empresários deve conseguir pagar o que não pagou durante os últimos meses, mas é necessário avançar com medidas para evitar o que os economistas temem: uma enorme vaga de falências.
A Confederação Empresarial de Portugal admite que o Estado não pode desperdiçar mais dinheiro em casos perdidos. A solução para as empresas viáveis estará a ser negociada entre o Governo e os bancos que, a partir de setembro, terão de enfrentar mais de 340 mil devedores.
No total há quase 40 mil milhões de euros em moratórias. No caso das famílias, 90% são em crédito à habitação.
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