Os dois contactos do primeiro-ministro com infetados com covid-19 levantaram dúvidas sobre se as pessoas totalmente vacinadas seguem ou não as mesmas regras que os não vacinados. A Associação dos Médicos de Saúde Pública diz que tudo depende se os contactos forem de alto ou de baixo risco.
Questionada pela SIC sobre se os totalmente vacinados devem ou não ficar em isolamento depois de contactar com um infetado, a resposta da Direção Geral da Saúde é simples: pelo princípio da precaução em Saúde Pública, no atual momento epidemiológico, as pessoas vacinadas são abordadas, no que diz respeito ao isolamento e testagem, da mesma forma que as pessoas não vacinadas.
"Deverá ser avaliada a exposição de risco, deixando de lado se está vacinado ou não. Vacinação é protetora para o indivíduo, mas ainda não é comunitária", explica à SIC o vice-presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública.
Até lá é preciso vigiar e analisar caso a caso os contactos entre infetados e vacinados e verificar se são de baixo ou alto risco.
Baixos riscos significam situações em que a probabilidade de contágio é reduzida. Como, por exemplo, um contacto cara-a-cara com uma pessoa infetada, a uma distância entre 1 e 2 metros, por um período inferior a 15 minutos.
Em casos de alto risco, a probabilidade de contágio aumenta, como em situações de contacto num ambiente fechado com um caso confirmado durante 15 ou mais minutos.
Mas tudo depende da avaliação dos delegados de saúde.
Na resposta à SIC, a Direção Geral da Saúde admite que o assunto está a ser discutido e que pode ser atualizado em breve com base na evidência científica.
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