Coronavírus

Covid-19. ECDC defende que ainda é muito cedo para baixar a guarda, mas afasta novos confinamentos

Bruno Ciancio, diretor do departamento de Vigilância do ECDC, afasta a hipótese de novos confinamentos, que considera serem devastadores para a população, e rejeita a possibilidade de voltar a fechar as escolas.

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Mais de 7,5 milhões de portugueses já têm a vacinação completa, o que torna Portugal um dos países da União Europeia menos vulneráveis à covid-19.

O Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) considera que Portugal tem feito um "trabalho muito bom" na vacinação contra a covid-19.

O diretor do departamento de Vigilância do ECDC, Bruno Ciancio, assinala que, apesar do recente "aumento bastante significativo do número de casos que houve durante o verão, a mortalidade permaneceu estável" no país.

Vincando existir uma relação entre a vacinação e a redução da doença grave, o especialista admite que "os países que mais preocupam o ECDC em termos de impacto absoluto são também países onde a cobertura vacinal não é tão elevada".

Bruno Ciancio considera que ainda não é momento de os países da União Europeia (UE) retirarem todas as medidas de proteção anticovid-19, mas afasta novos confinamentos.

"Sabemos que estas medidas são muito, muito eficazes", pelo que "não há realmente nenhuma razão para suavizar este tipo de medidas neste momento", indica o diretor do departamento de Vigilância do ECDC.

Apesar de já 70% da população adulta da UE estar vacinada com duas doses de vacina contra a covid-19, num total de mais de 250 milhões de pessoas totalmente vacinadas, Bruno Ciancio considera que ainda não é momento de baixar a guarda.

"Quando virmos que basicamente não há impacto ou há um impacto muito limitado do vírus em termos de mortalidade e de internamentos, então aí várias medidas poderão ser atenuadas, mas ainda não é esse o caso", assinala o responsável.

Medidas como distanciamento físico, higiene das mãos e uso de máscara nalguns locais são então para manter para já, de acordo com o ECDC, sendo que estas também foram usadas "para levar ao quase desaparecimento da gripe da Europa por duas épocas consecutivas e para impedir milhares de mortes todos os anos".

Assim sendo, "o objetivo é realmente vacinar mais população para que possamos progressivamente também atenuar estas medidas", insiste o diretor do departamento de Vigilância do ECDC, adiantando que "o que vai acontecer na Europa depende muito da capacidade de prosseguir com os programas de vacinação".

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