A Moderna quer desenvolver uma dose de reforço específica para a nova variante. Reconhece que a Omicron é preocupante.
Diz que já iniciou os trabalhos e promete concluí-los rapidamente.
A Johnson & Johnson e a AstraZeneca estão também a testar a eficácia das vacinas.
O que se sabe sobre a nova variante
A variante Omicron do coronavírus que causa a covid-19 tem um grande número de mutações genéticas, algumas das quais preocupantes, e dados sugerem um risco acrescido de reinfeção por comparação com outras variantes do SARS-CoV-2.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a nova variante B.1.1.529, identificada pela primeira vez na província de Gauteng, na África do Sul, como variante "de preocupação" e designou-a pelo nome Omicron, letra do alfabeto grego.
Segundo a OMS, esta estirpe, que já "migrou" para Bélgica, Israel, Hong Kong (Região Administrativa da China) e Botswana, tem "um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes".
Dados preliminares sugerem, de acordo com a OMS, "um risco acrescido de reinfeção" com a nova estirpe do SARS-CoV-2, por comparação com outras variantes de preocupação.
Por definição, as variantes de preocupação estão associadas ao aumento da transmissibilidade ou virulência ou à diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, dos diagnósticos, vacinas e tratamentos.
Um relatório da Rede para Vigilância Genómica da África do Sul refere que a variante B.1.1.529 tem mais de 30 mutações na proteína da espícula (a "chave" que permite ao vírus entrar nas células humanas).
MARTA TEMIDO ACOMPANHA NOVA VARIANTE "COM PREOCUPAÇÃO", COSTA AFASTA CONFINAMENTO
Esta sexta-feira, em todas as respostas que deu sobre a nova variante, António Costa manteve a tranquilidade possível.
Mesmo com a nova variante, potencialmente mais transmissível do que todas as outras, António Costa não vê razões para alterar o plano de restrições anunciado.
António Costa acredita que as restrições anunciadas vão ser capazes de evitar uma evolução da pandemia semelhante à que aconteceu no Natal passado.
Já a ministra da Saúde, Marta Temido, acompanha a situação com "preocupação".
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