Os partidos à esquerda estão contra a dissolução do Parlamento e a data das eleições legislativas. O PCP considera que o Presidente da República está a beneficiar o PSD ao escolher a data de 30 de janeiro.
O deputado António Filipe, do PCP, considera que escolher o dia 30 de janeiro, o Presidente da República dá a entender que está a colocar "à frente dos interesses nacionais, conveniências de candidaturas à liderança dos partidos da direita".
O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, começa por defender que este desfecho "não era uma inevitabilidade".
O Partido Socialista "compreende e respeita" a decisão do Presidente da República.
Inês de Sousa Real, líder do PAN, considera que a data escolhida pelo Presidente da República "não colide com o Natal, nem com o Ano Novo" porque as pessoas "precisam de ter alguma normalidade dentro daquele que foi o contexto sanitário que o país viveu e vive".
A marcação de eleições legislativas para 30 de janeiro fixa o prazo limite de entrega de listas de deputados a 20 de dezembro, 16 dias depois das eleições diretas no PSD.
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