O agravamento do conflito israelo-palestiano leva o diretor da CIA e o secretário de Estado norte-americano no fim de semana ao Médio Oriente. Esta sexta-feira, houve já manifestações palestinianas em Jerusalém e na Cisjordânia e bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza.
Num dos locais mais sagrados do Islão, o Monte do Templo, em Jerusalém, a saída da Grande Oração ficou esta sexta-feira marcada pela fúria palestiniana contra Israel.
O mesmo tom marcou a tarde na Cisjordânia. Em Al-Ram, no funeral da mais recente vítima dos tiros dos soldados israelitas, o ódio ao inimigo comum juntou apoiantes do Hamas e da Jihad Islâmica.
No território, a Autoridade Palestiniana cancelou o Acordo de Segurança que mantinha com Israel. A decisão foi tomada em reação à operação antiterrorista lançada pelo exército israelita no campo de refugiados de Jenin e que provocou a morte de nove pessoas.
Em retaliação, a Jihad Islâmica reivindicou o lançamento de foguetes a partir da Faixa de Gaza contra território israelita.
A maioria dos projéteis foi intercetada pelo sistema de defesa antimíssil Cúpula de Ferro. Desencadeou de imediato a resposta militar de Israel.
Caças da força aérea judaica bombardearam alvos palestinianos no norte e centro de Gaza. Diz o Governo israelita que foi destruída uma fábrica de armas e uma base do Hamas, o movimento radical que controla Gaza.
A ONU, os EUA e os países vizinhos criticaram já a escalada de violência que provocou dezenas de vítimas desde o início do ano, apelaram à calma e à retomada das negociações de paz entre Israel e os movimentos palestinianos.