SOS Animal

Vítor Silva Costa: "A minha cadela faz com que relativize o stress, as implicâncias que vamos tendo"

Ator é entrevistado no programa “SOS Animal - Ser Por Todos os Seres”, programa apresentado por Sandra Duarte Cardoso que alerta para a importância do bem-estar animal e da proteção da natureza.

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Vítor Silva Costa, ator de ascendência venezuelana natural do Porto, fala da paixão que desde muito novo tem pelos animais, em especial pelos cães. O artista deixa uma mensagem de respeito pelos animais e pelo ambiente, no último episódio do “SOS Animal - Ser Por Todos os Seres”, que visa sensibilizar o público para a importância do bem-estar animal e da proteção da natureza, destacando histórias de superação e cuidado animais em situações de vulnerabilidade bem como iniciativas de conservação de ambiental.

“A memória que eu tenho é de muito novo. Os meus pais tinham vários cães quando eu vivia com eles. Acho que tinha 4 ou 5 anos, quando me lembro de ter o primeiro contato com com os cães dos meus pais. Só que entretanto houve uma pausa, porque mudaram de casa e deixaram de ter animais e tive ali uns 10 anos até fazer 15 ou 16 em que não tive mesmo animais. Depois mudei-me para Lisboa e então adotei uma gata e a partir daí voltou outra vez o interesse pelos animais e agora com uma cadela”, conta Vítor Silva Costa.

“A minha cadela dá-me muita calma”

À pergunta “achas que os animais te abriram portas na tua forma de ser e de estar na vida?”, Vítor responde sem hesitar: “Tenho a certeza, emocionalmente, acima de tudo, porque tem também a ver com a questão de cuidar e de dar amor, que isso é uma base fundamental”.

“A minha cadela em particular tem-me dado muita calma. Calma no sentido mais abrangente porque ela faz com que eu relativize muitas vezes o stress natural do dia a dia, as implicâncias que vamos tendo. Há uma energia que os animais têm e a minha cadela em particular, que me permite filtrar (…) E não descarrego em cima dela, mas consigo dar um passeio com ela durante duas horas e a minha vida mudou naquele momento. Portanto, é muito importante para mim, claro”, explica o ator.

“Acredito na prevenção mais do que na reação”

Sobre a questão ambiental, o ator teme que o planeta não resista à continuidade de comportamentos displicentes.

Acho que vai acontecer de facto alguma coisa quando houver uma catástrofe maior do que aquelas que nós temos assistido, mas acredito na prevenção mais do que na reação, porque estamos muito habituados a que aconteça alguma coisa e reagimos e tentamos consertar. Acredito que se formos precavidos e se trabalharmos nesse sentido, que as coisas podem acontecer na mesma, mas pelo menos estamos a lutar por uma coisa é que é fundamental", defende.

Se estivesse na posição de um decisor, Vítor Silva Costa teria como preocupação primordial dar aos animais “todas as condições de vida e de saúde que merecem, sejam eles quais forem”.

“Não só os cães com os quais tenho uma empatia especial, mas todos os animais, tal como todas as pessoas, merecem ser tratados como tal e com dignidade”, acrescenta.

Apelo à adoção de animais e ao fim das touradas e corridas de cães

O ator, de 32 anos, considera que a adoção é importante porque a compra está associada grande parte das vezes a um negócio legal que não “pensa nesta ideia de um ser vivo e do que é que isso implica”.

“Nós somos uma projeção daquilo que fazemos, do que somos, do que dizemos e da forma como agimos em sociedade. Cuidar de um animal e adotar um animal é um ato de profundo amor e de progresso. Portanto, se puderem adotem a ao invés de comprar, porque acho que é perigoso”, apela Vítor Silva Costa.

Em relação às touradas e corridas de cães, considera que são questões ainda muito em segundo plano, nas quais prevalecem os interesses económicos e capitalistas.

“A política e o capitalismo muitas vezes sobrepõem-se aos direitos humanos e animais, e isso não me parece que seja mais adequado”, realça.

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