O presidente do PSD responsabilizou esta quarta-feira PS, PCP e BE por uma eventual crise política e afirmou que o voto dos sociais-democratas “não conta” para a aprovação do Orçamento do Estado para 2022.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Rui Rio não quis revelar ainda o sentido de voto do PSD no Orçamento do Estado, mas salientou que “um documento todo construído para agradar à esquerda é muito difícil agradar ao centro”.
“Eu entendo, tal como o Presidente da República tem dito, a última coisa que é aconselhável é uma crise política. Se fosse Presidente ou primeiro-ministro, tudo faria para evitar uma crise política, mas se fosse líder do BE e do PCP não me considerava fora da crise política”, afirmou.
Rio disse não estar convencido que vá haver uma crise política, mas também não tem a certeza que este Orçamento passe, considerando que “corre riscos maiores do que antes das autárquicas”.
Questionado se esta preocupação com uma crise política não o pode levar a viabilizar o Orçamento do Estado, Rio repetiu um argumento que já utilizou no ano passado.
“O voto do PSD aqui não conta, porque o senhor primeiro-ministro disse que nem que o PSD votasse a favor não adiantava de nada em relação a uma crise política. Estamos completamente livres para podermos votar o Orçamento em consciência, apenas pelo seu conteúdo. Essa estabilidade tem de ser garantida pelo PS, BE e PCP”, defendeu.
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