Sismo na Turquia e Síria

Sismo na Turquia e Síria: novo balanço aponta para mais de 21 mil mortes

Especialistas referem que as esperanças de encontrar pessoas ainda com vida em temperaturas negativas estão a diminuir.

Um homem senta-se nas rochas com as mãos na cara rodeado de escombros após o terramoto em Hatay, Turquia.
Um homem senta-se nas rochas com as mãos na cara rodeado de escombros após o terramoto em Hatay, Turquia.
EMILIE MADI

Pelo menos 21.051 pessoas morreram, incluindo 17.674 na Turquia e 3.377 na Síria, na sequência dos sismos ocorridos no sul da Turquia na segunda-feira, indicam esta sexta-feira os últimos balanços oficiais.

Um adolescente de 17 anos foi retirado ileso esta madrugada, após 94 horas preso nos escombros de um prédio desabado na cidade turca de Gaziantep.

Embora os especialistas defendam que é possível sobreviver durante uma semana ou mais sob os escombros dos milhares de edifícios destruídos, as esperanças de encontrar pessoas ainda com vida em temperaturas negativas estão a diminuir.

Mais de 120 mil equipas já estão no terreno

As autoridades turcas referiram que mais de 120 mil equipas de socorro estão a participar nos esforços, com mais de 5.500 veículos, e a ajuda de 95 países, incluindo Portugal e Brasil.

O Governo de Recep Tayyip Erdogan, que visitou as cidades afetadas nos últimos dois dias, tem sido alvo de críticas sobre uma alegada resposta lenta à tragédia, num momento em que o Presidente turco preparava a corrida à reeleição em 14 de maio.

23 milhões de pessoas em risco

A Organização Mundial de Saúde estima que 23 milhões de pessoas estão "potencialmente expostas, incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis" e teme uma grande crise de sanitária, capaz de causar ainda mais danos do que o terramoto.

As organizações humanitárias estão particularmente preocupadas com a propagação da epidemia de cólera, que reapareceu na Síria.