O documento com quatro páginas divulgado pela DGS tem excertos da posição técnica da comissão de vacinação, dos pediatras e especialistas em saúde infantil que foram ouvidos. Consideravam, na altura, que era prudente aguardar por mais evidência científica para se avançar com a vacinação universal.
Estes especialistas recomendavam apenas a inoculação das crianças com doenças de risco.
A comissão técnica afirmou à DGS que o benefício de vacinar é maior que o risco, mas deixou o alerta para a variante Ómicron, que pode fazer aumentar a incidência nas crianças dos 5 aos 11 anos, ainda mais do que nas variantes que foram analisadas nesta análise de risco-benefício.
Vacinação foi aprovada com por unanimidade
Um membro da bioética da comissão técnica afirma que vacinar as crianças não causa prejuízo à vida, saúde ou integridade pessoal. Por isso, a vacinação universal desta faixa etária foi aprovada por unanimidade.
Os 13 membros da comissão técnica de vacinação votaram a favor. Dez pediram prioridade para as crianças com doenças de risco.
Este documento ainda não é o parecer final que foi prometido pela ministra da Saúde no Parlamento. Ao Expresso, fonte da DGS afirma que o parecer final deve ser divulgado nos próximos dias.
O primeiro-ministro diz que deve ser divulgado o máximo de informação possível sobre a vacinação das crianças, porque só assim se pode reforçar a confiança na vacinação.
O primeiro-ministro diz que a decisão de divulgar mais dados é da DGS, mas pede que se confie na decisão que foi tomada.
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