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ETA anuncia desmantelamento das "estruturas logísticas e operacionais"

O grupo separatista basco ETA anunciou o desmantelamento das "estruturas logísticas e operacionais" utilizadas nas suas ações armadas, numa medida suplementar em direção ao desarmamento total, referiu no sábado  um jornal próximo do movimento.  

(Reuters/ Arquivo)
© Vincent West / Reuters

Ao citar um comunicado enviado pela ETA, o diário basco Gara indica  que o grupo completou "o desmantelamento das estruturas logísticas e operacionais  relacionadas com a condução da luta armada".  

Em novembro de 2012, e cerca e um ano após ter anunciado o fim de 40  anos de luta armada, a ETA tinha sugerido em comunicado estar preparada  para negociar com os governos espanhol e francês a sua "dissolução".  

Esta alteração destina-se a transformar "uma confrontação armada num  confronto democrático", sublinha o jornal.  

A ETA é responsável pela morte de 829 pessoas nos últimos 40 anos, através  de atentados à bomba e assassinatos, no seu combate pela independência do  País Basco, situado entre o norte de Espanha e o sudoeste da França.  

Durante a década de 1980 foi combatida na designada "guerra suja" pelos  Grupos Antiterroristas de Libertação (GAL), uma organização clandestina  apoiada por responsáveis do Ministério do Interior durante o governo do  Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) liderado por Felipe González.

Em novembro de 2012, e cerca e um ano após ter anunciado o fim de 40  anos de luta armada, a ETA tinha sugerido em comunicado estar preparada  para negociar com os governos espanhol e francês a sua "dissolução".  

Em 1 de março, a organização decidiu colocar "fora de uso" o seu arsenal.  Desta forma, confirmou o anúncio emitido em 21 de fevereiro pela Comissão  internacional de Verificação, um dos grupos, não reconhecido por Madrid,  que monitoriza o anunciado cessar-fogo.  

Para avançar no processo de dissolução, a ETA exige designadamente negociações  com os governos francês e espanhol e o reagrupamento no País Basco dos seus  militantes detidos, atualmente dispersos por prisões dos dois países.  

 

Lusa