"Fazemos um apelo ao povo da Venezuela para que apenas use métodos pacíficos para se fazer ouvir e instamos todas as partes a que renunciem à violência e ao acossamento dos opositores", afirmou o comissariado das Nações Unidas à agência espanhola Efe.
Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas esta quarta-feira na sequência de um ataque ao Parlamento venezuelano, em Caracas, por civis armados afetos ao regime. Cinco deputados, trabalhadores e jornalistas figuram entre os feridos resultantes do ataque, que ocorreu durante uma sessão especial comemorativa do 206.º aniversário do Dia da Independência.
O ataque foi precedido por uma visita do vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que, conjuntamente com vários membros do Governo venezuelano, e cerca de 300 apoiantes, entrou no parlamento para realizar um ato no salão Elíptico, onde está a ata da Independência da Venezuela.
A visita de El Aissami foi feita sem informação prévia à mesa da Assembleia Nacional, onde a oposição é maioritária.
À saída as portas do parlamento ficaram abertas permitindo a entrada dos coletivos [denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afetos ao regime] que lançaram engenhos explosivos e ameaçando sequestrar os deputados.
O secretário-geral do Partido Popular Europeu, o eurodeputado Antonio López-Istúriz, pediu hoje aos 28 países da União Europeia que aprovem sanções contra o Governo venezuelano de Nicolás Maduro, em resposta ao incidente.
"Talvez seja já altura de pedir sanções contra o regime venezuelano para que saibam de uma vez por todas que no Parlamento Europeu defendemos a democracia e a liberdade", disse o eurodeputado do PPE no plenário.
Lusa