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ONU apela à renúncia do uso da força na Venezuela

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos apelou esta quinta-feira a todos os venezuelanos para que renunciem ao uso da violência como método para expressarem as suas opiniões ou se oporem aos que pensam de maneira diferente.

ONU apela à renúncia do uso da força na Venezuela
CRISTIAN HERNANDEZ

"Fazemos um apelo ao povo da Venezuela para que apenas use métodos pacíficos para se fazer ouvir e instamos todas as partes a que renunciem à violência e ao acossamento dos opositores", afirmou o comissariado das Nações Unidas à agência espanhola Efe.

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas esta quarta-feira na sequência de um ataque ao Parlamento venezuelano, em Caracas, por civis armados afetos ao regime. Cinco deputados, trabalhadores e jornalistas figuram entre os feridos resultantes do ataque, que ocorreu durante uma sessão especial comemorativa do 206.º aniversário do Dia da Independência.

O ataque foi precedido por uma visita do vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que, conjuntamente com vários membros do Governo venezuelano, e cerca de 300 apoiantes, entrou no parlamento para realizar um ato no salão Elíptico, onde está a ata da Independência da Venezuela.

A visita de El Aissami foi feita sem informação prévia à mesa da Assembleia Nacional, onde a oposição é maioritária.

À saída as portas do parlamento ficaram abertas permitindo a entrada dos coletivos [denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afetos ao regime] que lançaram engenhos explosivos e ameaçando sequestrar os deputados.

O secretário-geral do Partido Popular Europeu, o eurodeputado Antonio López-Istúriz, pediu hoje aos 28 países da União Europeia que aprovem sanções contra o Governo venezuelano de Nicolás Maduro, em resposta ao incidente.

"Talvez seja já altura de pedir sanções contra o regime venezuelano para que saibam de uma vez por todas que no Parlamento Europeu defendemos a democracia e a liberdade", disse o eurodeputado do PPE no plenário.

Lusa