Manifestantes e polícia entrarem em confronto este sábado em Beirute, frente ao Parlamento, depois de vários manifestantes tentarem invadir o edifício.
A polícia viu-se obrigada a lançar lás lacrimogéneo em resposta às pedras atiradas pelos manifestantes para tentar chegar ao Parlamento libanês.
As cerca de sete mil pessoas que se reuniram na Praça dos Mártires protestam contra a forma como o Governo lidou com as explosões no porto da capital e exigem que a classe política seja responsabilidade.
O quarto dia após a tragédia
Beirute acordou pelo quarto dia consecutivo com o som de vidros partidos recolhidos das ruas pelos moradores e um exército de voluntários, equipado com vassouras, mobilizado desde a primeira hora.
A explosão no porto na terça-feira, cujas circunstâncias ainda não estão esclarecidas, terá sido causada por um incêndio que afetou um enorme depósito de nitrato de amónio, uma substância química perigosa.
O último balanço das vítimas
A tragédia provocou pelo menos 158 mortos e mais de 6.000 feridos. Há ainda, segundo as autoridades libanesas, pelo menos 21 pessoas desaparecidas, um número revisto em baixa este sábado.
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É no cenário pós-apocalíptico, em que se transformou o porto de Beirute, que as equipas de resgate libanesas e internacionais tentam descobrir pequenos milagres.
A Sky News acompanhou a primeira ação numa cidade destruída.
PRESIDENTE LIBANÊS FALA EM HIPÓTESE DE MÍSSIL OU BOMBA
O Presidente libanês, Michel Aoun, afirmou esta sexta-feira que a explosão no porto de Beirute se deverá "a negligência ou a ação externa", evocando a hipótese "de um míssil", mas recusou uma investigação internacional ao sucedido.
O chefe de Estado, 85 anos, adiantou ter pedido na quinta-feira "pessoalmente" ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que recebeu no palácio presidencial, "para fornecer imagens aéreas para que se possa determinar se havia aviões no espaço (aéreo) ou mísseis" na altura da explosão na terça-feira.
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