A lava do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, continua a correr para o mar. A coluna de cinzas, que transportam gases tóxicos, atingiu nas últimas horas os 3.500 metros de altura, com um aumento de emissão de dióxido de enxofre.
A lava chegou ao mar na terça-feira à noite e mudou a configuração da ilha das Canárias, com a formação de um delta de quase 10 hectares.
As equipas no local monitorizam os gases emitidos e o contacto do magma com a água. No mar, há um perímetro de exclusão de duas milhas náuticas.
Em terra mantém-se o confinamento de quatro bairros de Tazacorte e a ordem é vedar portas e janelas. Os fumos tóxicos são prejudiciais para os olhos, pele e vias respiratórias.
Fora do perímetro de exclusão de 2,5 quilómetros, alguns habitantes têm autorização para ir a casa e recolher pertences. Algumas das companhias aéreas retomaram os voos para La Palma.
A lava destruiu 476 hectares e quase 1.000 edifícios. Os cientistas alertaram que a atividade do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, pode demorar cerca de três meses e para além de prejudicar a economia da ilha, também a fauna e a flora estão ameaçadas.
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