Em Marraquexe, os prejuízos ainda não avaliados mas há centenas de edifícios destruídos. Milhares de pessoas continuam a dormir na rua porque não confiam nas estruturas das casas, como mostram os enviados da SIC a Marrocos, Hugo Alcântara e Carlos Nascimento.
“As pessoas têm vindo dormir, nestas últimas noites, para a rua. Por medo, por receio, vêm passar a noite à rua, pois acabam por não confiar nas suas habitações que estão em muito mau estado”, conta o jornalista Hugo Alcântara.
A cidade de Marraquexe não registou vítimas mortais do sismo que ocorreu na passada noite de sexta-feira com magnitude 6,8, mas vários foram os edifícios que ficam parcial ou totalmente destruídos.
“Ainda não há números oficiais, nem quanto ao número de vítimas no Alto Atlas [mais perto do epicentro]. Mas aqui, em Marraquexe não há vítimas mortais a registar, mas há muitos feridos”, afirma.
Vários foram os países que se demonstraram disponíveis para ajudar o país, mas Marrocos aceitou, para já, apenas ajuda de quatro países: Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
“Existem muitas críticas ao Reino de Marrocos, que não está a aceitar ajuda internacional. Portugal já tem ajuda pronta para Marrocos, mas existe essa dificuldade em aceitá-la”, finaliza o jornalista.
Sismo em Marrocos
O epicentro do abalo foi registado na passada sexta-feira às, pelas 23:11 (mesma hora de Lisboa), a cerca de 70 quilómetros de Marraquexe e a uma profundidade relativamente baixa, de 18,5 quilómetros.
Centenas de edifícios ficaram totalmente destruídos, sobretudo no centro histórico da cidade. O sismo foi sentido em Portugal, Espanha e Argélia.
As cidades de Al Hauz, Marraquexe, Ouzazate, Azilal, Chichaoua e Tarudante foram as mais afetadas. Em Marraquexe, centenas de edifícios ficaram totalmente destruídos, sobretudo no centro histórico da cidade - que é considerado Património Mundial da UNESCO.
A maioria das mortes terá ocorrido em zonas montanhosas, também de difícil acesso.
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