O homem acusado da morte do triatleta Luís Grilo, em coautoria com a mulher da vítima, saiu esta sexta-feira em liberdade com termo de identidade e residência.
O coletivo de juízes do Tribunal de Loures aceitou um requerimento da defesa que pedia a alteração da medida de coação. No requerimento, o advogado de António Joaquim alegava que durante o julgamento não tinha sido produzida prova suficiente contra o cliente.
O coletivo de juízes aceitou e decretou termo de identidade e residência.
Esta sexta-feira, à entrada do estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, em Lisboa, o advogado de António Joaquim disse acreditar que o tribunal aceitou libertar o arguido porque não foram encontradas provas suficientes.
Depois da saída, o advogado Ricardo Serrano Vieira disse que acredita que a revisão da medida de coação pode significar a absolvição do cliente.
O Ministério Público atribuiu a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, em Vila Franca de Xira.
O crime terá sido cometido para beneficiarem dos bens da vítima: cerca de 500 mil euros em seguros e outros montantes de contas bancárias.
O corpo do triatleta foi encontrado com sinais de violência mais de um mês depois do desaparecimento, a 160 quilómetros da casa.
“O tribunal não decide com base no que as pessoas nos cafés querem”
O advogado de direito penal Tiago Melo Alves acredita os juízes já terão chegado a uma conclusão sobre os factos que podem dar ou não como provado a participação de António Joaquim na morte de Luís Grilo. Tiago Melo Alves explica que se o tribunal já decidiu que o amante de Rosa Grilo não participou no homicídio, pode ser essa a razão para a alteração da medida de coação.
Advogada acredita que Rosa Grilo vai ser absolvida de homicídio
A advogada de Rosa Grilo acredita na absolvição da cliente, porque diz que foram cometidas irregularidades na obtenção das provas, na investigação à morte do triatleta.
Sentenças conhecidas a 10 de janeiro
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu pelo menos 20 anos de prisão.