Cada vez mais denúncias de agressões nos Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) estão a ser denunciadas pela comunicação social. É o caso de Egídio Pina, um cabo-verdiano que se queixa de ter sido brutalmente agredido por quatro inspetores que o terão algemado a um carrinho de bagagens.
“Bateram-me, bateram-me... Socos, pontapé… Puseram-me tipo um mata-leão... Puseram-me a perna... O meu pescoço ficou entre a perna dele… Ele pressionava, eu abria outra vez. Outros estavam aí ao pé a soquear-me e ele também a dar-me socos na cara”, conta Egídio, de 54 anos, à SIC Notícias.
O caso remonta a 29 de novembro de 2019, quando o cabo-verdiano foi expulso de Portugal, onde vivia desde o ano 2000.
Os inspetores foram buscá-lo à cadeia de Alcoentre, onde cumpria pena de sete anos de prisão por tráfico de droga, e forçaram-no a embarcar para Cabo Verde. Egídio explicou-lhes que tinha uma providência cautelar pendente e uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que poderia anular a pena de expulsão, mas de nada valeu.
De acordo com o Expresso, o caso de Egídio está a ser investigado pelo Ministério Público. Denuncias semelhantes foram apresentadas também pelo Diário de Notícias. Além do processo de investigação do homicídio de Ihor Homeniúk, está a decorrer uma segunda investigação onde constam outras queixas já apresentadas ou dadas a conhecer pela comunicação social.
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