O CDS pode estar mais dividido do que estava quando começou o Conselho Nacional do último sábado. Com 54,3% dos votos, Francisco Rodrigues dos Santos viu aprovada a moção de confiança que apresentou ao Conselho Nacional, mas o resultado não calou os opositores.
A satisfação que defendeu no final mal disfarçava as preocupações assumidas, pouco antes, durante o Conselho Nacional que decorreu online.
Os opositores esperavam que os lugares por inerência permitissem mais de dois terços dos votos a favor do presidente. O Resultado ficou pouco a cima de metade: 54,3%.
O desafiante disse que estava feito o que a consciência lhe pedia. Adolfo Mesquita Nunes disse ainda que não vai pedir um congresso antecipado e que vai concorrer à câmara da Covilhã. No entanto, desafia Rodrigues dos Santos a sair do conforto do Largo do Caldas.
O presidente do partido disse que não é esse o papel que lhe cabe. No fim, prometeu paz com o grupo parlamentar, mas não se livrou de ouvir muitas e duras críticas. Não é certo que o pedido de paz impeça uma recolha de assinaturas para um congresso extraordinário.
Houve ainda dirigentes que pediram aos deputados críticos que renunciassem aos mandatos, ao que Ana Rita Bessa respondeu, em entrevista ao Observador, que depois de 17 horas no Conselho Nacional a ouvir dizer que os mandatos são para cumprir, é isso que irá fazer no parlamento.
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