O chefe de Estado formalizou esta terça-feira o pedido de autorização ao Parlamento para reeditar as duas primeiras visitas do mandato anterior (Vaticano e Espanha), assinalando que será recebido pelo Papa dias depois da "histórica visita" ao Iraque.
"Tal como em 2016, o Presidente da República desloca-se esta sexta feira, 12 de março, à Santa Sé, que teve um papel essencial no reconhecimento da independência de Portugal, onde será recebido por Sua Santidade o Papa Francisco, dias depois da sua histórica visita ao Iraque", lê-se na página oficial na Internet do Palácio de Belém.
Ainda segundo a breve nota, "o Chefe de Estado cumpre também a tradição" e visita, no mesmo dia, a "vizinha e amiga Espanha, onde se encontrará com Sua Majestade o Rei Felipe VI".
Há cinco anos, longe do contexto de pandemia de covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa visitou igualmente o Vaticano e Madrid, mas numa tirada de três dias.
"A última outra vez foram muitos dias", já tinha declarado hoje o Presidente, antes da tomada de posse, adiantando que, desta vez, será "tudo num dia".
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Visita histórica do Papa ao Iraque
Terminou esta segunda-feira a visita histórica do Papa Francisco ao Iraque. Mil e quinhentos quilómetros depois, a viagem histórica acabou onde começou na ultima sexta-feira.
Na viagem de quatro dias, muitas vezes a coxear, encontrou-se com representantes de várias religiões, visitou cidades destruídas por décadas de conflitos e lembrou que a paz é "mais poderosa do que a guerra".
Um dos momentos mais marcantes da viagem foi o encontro com o aiatola Ali al-Sistani, o clérigo xiita mais influente do país, na cidade sagrada de Najaf.
De carro, helicoptero e avião, passou por cinco cidades, mas foi em Erbil que recebeu o maior banho de multidão. Em pleno Curdistão iraquiano juntaram-se quase 10 mil pessoas para assistir à celebração da missa em latim.
Mais de 10 mil militares foram destacados para uma enorme operação de segurança.
Esta foi a primeira viagem ao estrangeiro de Francisco, em 15 meses, desde o início da pandemia de covid-19 e é também a primeira viagem de um Papa a um país muçulmano de maioria xiita.
