Luís Filipe Vieira pretende pagar a caução de três milhões de euros com ações que tem na SAD do Benfica e um imóvel em Sesimbra, avaliado em mais de 1 milhão de euros. O Ministério Público (MP) tem de enviar um parecer da decisão, se aceita ou não esta forma de pagamento, para que o arguido deixe de estar em prisão domiciliária.
O requerimento entregue pela defesa de Luís Filipe Vieira é dirigido ao juiz Carlos Alexandre, mas como carece do parecer do MP, chegou primeiro na quinta-feira ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal, onde o procurador Rosário Teixeira dirige a investigação.
Não foi estabelecida uma data limite para uma resposta, mas como se trata de um arguido privado de liberdade, deverá ser despachada nos próximos dias.
Luís Filipe Vieira foi detido a 7 de julho. A Operação Cartão Vermelho conta com outros três arguidos, nomeadamente o filho Tiago Vieira, o advogado e agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos.
São suspeitos de agirem em conluio em negócios e financiamentos que terão lesado o Estado, a SAD e o Novo Banco em 100 milhões de euros. Suspeitas que ditaram o afastamento de Luís Filipe Vieira da Presidência do clube e da SAD.
Em causa estão indícios de burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, abuso de informação e ainda de confiança.
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