Última atualização às 17:04
O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Castro Marim e que já passou para os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira foi dominado às 16:00, avançou o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro à SIC.
Às 16:35 o fogo mobilizava 530 operacionais, apoiados por 190 veículos e cinco meios aéreos, segundo a página da Proteção Civil nacional.
Na conferência de imprensa de balanço esta terça-feira, o comandante das operações de socorro, Richard Marques, referiu que foram montadas duas zonas de apoio à população - em Tavira, que acolheu 26 pessoas, e outra em Castro Marim, com sete pessoas acolhidas.
Um bombeiro ficou ferido durante o incêndio. É comandante da corporação de Algés e estava a ajudar no combate às chamas. Foi transportado de helicóptero para o hospital de Lisboa e já teve alta.
O alerta para o incêndio rural foi dado às 01:05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10:20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou anteriormente Richard Marques.
Fumo invade céu de praias algarvias. Banhistas captam nuvem provocada pelo fogo de Castro Marim
O céu azul nas praias algarvias deu lugar às nuvens negras devido ao incêndio. Nas redes sociais foram várias as partilhas de quem assistiu ao cenário.
CANIL EVACUADO
O responsável revelou ainda que foi necessário retirar "80 cães e 110 gatos" do Canil Intermunicipal de Castro Marim - Vila Real de Santo António, que foram colocados em Tavira e Loulé, com o apoio de voluntários.
As chamas estendem-se por um perímetro de mais de 40 quilómetros e já consumiram nove mil hectares. Dada a dimensão e a progressão do incêndio, tornou-se difícil para os bombeiros chegarem a todo o lado. Houve localidades em que foram os populares a tentar controlar as chamas que ameaçavam as casas.
A presidente da Câmara de Tavira, Ana Paula Martins, afirmou na conferência de imprensa ter testemunhado "algumas habitações pelo menos parcialmente afetadas" e destacou que a zona da mata da Santa Rita "foi muito afetada", tendo o fogo destruído a zona de lazer.