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Entrevista SIC

Detenção de Rendeiro: "um momento de grande surpresa" para o ex-banqueiro

O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, comenta a detenção de João Rendeiro explicou o processo da PJ para encontrar o ex-banqueiro, este sábado, no Jornal da Noite.

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O diretor nacional da Polícia Judiciária explica que a detenção "foi um momento de grande surpresa" para João Rendeiro, elogia o trabalho das autoridades sul-africanas e explica que, caso haja decisão pela extradição do ex-banqueiro, por parte da justiça sul-africana, a PJ irá buscar aquele que era, até este sábado, um dos homens mais procurados pelo Estado português.

Começa por referir que, para João Rendeiro, a detenção "foi um momento de grande surpresa", visto que a Polícia Judiciária tinha a informação de que o ex-banqueiro "teria interiorizado que dificilmente seria localizado".

Luís Neves continua explicando que se deram contactos entre a Polícia Judiciária e as autoridades sul-africanas durante "vários meses", tendo, inclusivamente, o diretor nacional da PJ reunido com os líderes das autoridades da África do Sul numa assembleia geral da Interpol na Turquia, de 20 a 24 de novembro.

Explica ainda que, nesta reunião, conseguiu "explicar a gravidade da situação interna, os crimes graves e as condenações" de João Rendeiro, sendo que, "perante a explicação e os argumentos jurídicos", acabaria por obter o apoio das autoridades sul-africanas.

Contudo, refere que "agora é necessária a decisão judicial sobre as medidas de coação" e sobre a extradição, e que, caso haja aprovação da extradição, "a Polícia Judiciária executá-la-á e irá buscar João Rendeiro à África do Sul".

Por fim, explica que o ex-banqueiro se movimentou "várias vezes pela África do Sul, o que dificultou as investigações", acrescentando que João Rendeiro não detém dupla nacionalidade, mas que, mesmo que detivesse, o Estado africano poderia, na mesma, extraditar aquele que era uma das pessoas mais procuradas pelas autoridades portuguesas.

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