Joaquim Pinto Moreira é suspeito de já enquanto deputado ter pedido favores para aprovar a obra de um familiar do dono de um grupo imobiliário de Espinho. Um mês depois, Pinto Moreira tornou-se presidente da Assembleia-Geral de duas sociedades do mesmo grupo.
No registo de interesses que entregou no Parlamento, Joaquim Pinto Moreira declara abertamente ser presidente da Assembleia-Geral de duas empresas: a Fosforeira Portuguesa SA e A Salgueiro SGPS.
Dedicadas ao setor imobiliário, as duas sociedades são dirigidas pelo empresário Manuel Salgueiro.
Porque é que surgem na Operação Vórtex? Porque é precisamente o impasse numa das obras do genro desse empresário que terão levado o deputado do PSD a reunir-se, em abril do ano passado, com um vereador de Espinho.
O Ministério Público acredita que o encontro serviu para licenciar a obra, mas o projeto foi sucessivamente indeferido, até hoje.
O alegado pedido de Joaquim Pinto Moreira aconteceu, de acordo com a investigação quando o social-democrata já era deputado.
Cerca de um mês depois, a 18 de maio, como está declarado no próprio registo de interesses, tornou-se presidente da Assembleia-Geral das duas empresas de Manuel Salgueiro.
O grupo imobiliário ergueu uma série de projetos em Espinho durante o mandato de Pinto Moreira como presidente da Câmara.
O deputado do PSD ainda não é arguido na Operação Vórtex. Mantém imunidade parlamentar.