País

Greve de professores prossegue em Viana do Castelo depois de mais uma negociação sem acordo

Todos os sindicatos dos docentes estiveram reunidos com o Ministério da Educação em mais uma ronda de negociações. No entanto, o encontro terminou sem um acordo entre as duas partes.

Manifestação de professores.
Manifestação de professores.
RUI MINDERICO

A greve distrital de professores realiza-se, esta sexta-feira, em Viana do Castelo. Foi convocada por uma plataforma de oito estruturas sindicais, que inclui a Fenprof.

Ao mesmo tempo continua a decorrer a greve por tempo indeterminado convocada pelo STOP.

Na segunda-feira, a paralisação abrange o distrito de Vila Real e, na terça-feira, em Viseu. O protesto distrital termina no distrito do Porto, com uma manifestação agendada para a Avenida dos Aliados.

As escolas têm de cumprir os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral, pelo menos, até terça-feira. A Fenprof anunciou, esta quinta-feira, que vai apresentar uma queixa ao Ministério Público por alegado abuso de serviços mínimos.

Mais uma negociação sem acordo

Esta quinta-feira, os sindicatos voltaram à mesa de negociações com o Ministério da Educação, mas a reunião voltou a terminar sem acordo. Pela primeira vez, todos os sindicatos se sentaram à mesa, mas sem a presença do ministro da Educação, João Costa.

Quem conduziu os trabalhos foi o secretário de Estado, o único a destacar avanços positivos na negociação. António Leite criticou a desvalorização da vinculação de mais 10 professores.

Loading...

"Eu não sei se haverá muitos sindicatos que consideram que concretizar a vinculação de mais de 10 mil pessoas, concretizar a vinculação dinâmica, coisa que nunca foi conseguida, se acharem que isso não merece um acordozinho ficará com a avaliação de quem o fizer", afirmou.

Do lado da Fenprof, Mário Nogueira disse que, ao contrário do que se previa, o Governo não apresentou nenhum documento sobre a questão dos concursos e não tinha nenhuma resposta sobre o tempo de serviço. Já o S.T.O.P. sublinhou as desigualdades dos professores do continente face aos dos arquipélagos e a falta de pessoal não docente nas escolas.