Ao longo das próximas décadas, cerca de quatro mil professores vão sair todos os anos das escolas. O problema vai afetar sobretudo as regiões de Lisboa, Setúbal e Algarve. Na manhã desta quarta-feira, o ministro da Educação apresentou algumas das soluções a mais de 700 diretores de agrupamentos escolares.
Até 2034, as escolas precisam de recrutar 39 mil professores. Esta estratégia vai avançar nas universidades e nos politécnicos das regiões mais carenciadas, como é o caso de Lisboa, Setúbal e Algarve.
O estudo da Universidade Nova, divulgado na apresentação do próximo ano letivo, revela que 66% dos professores têm mais de 50 anos.
No próximo ano escolar, será necessário recrutar perto de 4 700 professores para garantir igualdade nas aprendizagens dos alunos.
Estas medidas juntam-se às que foram adotadas no ano letivo anterior, como o alargamento dos horários dos docentes, o prolongamento da carreira de quem está próximo da aposentação e o concurso extraordinário.
Será feito um investimento no ensino profissional, na recuperação de escolas e na compra de novos equipamentos. A descentralização vai avançar, com o reforço das competências das autarquias. Da teoria à prática, há um caminho a percorrer, que parece ser cada vez mais longo.