É de Pinhal Novo, Palmela, que nos chega o prato do dia onde na tradicional casa caramela usam uma púcara de barro para confecionar a famosa Sopa Caramela.
Manuel Lagarto tem a receita na ponta dos dedos, já que cresceu a ver fazer esta sopa.
“Há dois tipos de ingredientes que são elementares nesta sopa, que é o feijão e as hortaliças, nomeadamente o lombardo e a coisa caramela”, explica Manuel.
Apetite não faltava a quem trabalhava e vivia no e do campo. Depois do dia de trabalho, à ceia reconfortava-se o estômago e a alma com a Sopa Caramela. Esta iguaria não nasceu no Pinhal Novo veio por quem cá vinha trabalhar.
"Veio cá parar através de migrantes que vinham trabalhar para esta região e que trouxeram os seus usos e costumes das suas terras", contou Manuel.
A maioria vinha da Beira Litoral e do Baixo Mondego, que diziam ser caramelos de ir e vir. Acabando por ganhar raízes e enraizar costumes.
Com casa e horta passaram a ser chamados caramelos de ficar e introduziram novos hábitos alimentares.
“Foi criado um nome que era sopa caramela, dado nós estarmos inseridos numa região que é conhecida como tal”, disse Manuel.
A que é que sabe esta sopa?
Sabe aos legumes, sabe à terra onde há raízes de tradições e partilha. A receita existe e os ingredientes podem ser colocados ao gosto de cada casa e família.