As atuais buscas em alguns clubes do futebol português têm a ver com a Operação Fora de Jogo, iniciada em 2015, sendo um dos visados da investigação o agente Jorge Mendes, suspeito de envolvimento num esquema de comissões-fantasma milionárias.
O Processo Fora de Jogo deu origem à maior operação de buscas de que há memória no fisco e na Unidade de Ação Fiscal da GNR.
Começou em 2015, com as primeiras buscas às SADs do FC Porto, Benfica, Sporting, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, e ainda à sede da Gestifute, de Jorge Mendes.
O Ministério Público acredita que estes clubes, entre outros, estão envolvidos num esquema de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Alegadamente, o esquema passa pela introdução de terceiros nos negócios entre as SAD dos clubes, os jogadores e os agentes.
Os nomes com mais destaque no processo são o de Jorge Mendes e o de Bruno Macedo, agentes conhecidos, que têm relações próximas com vários clubes em Portugal e que são muitas vezes os intermediários dos negócios que se fazem no futebol português.
Os escritórios de ambos também foram alvos das buscas esta quarta-feira.
Bruno Macedo, que foi sócio de António Salvador numa empresa do ramo imobiliário, chegou a ser detido no mesmo dia em que foi Luís Filipe Vieira.
Saiba mais
-
Estará a Justiça mais perto de destruir os esquemas ilícitos no futebol?
-
Operação Fora de Jogo: "A Justiça está a atirar-se à jugular dos clubes"
-
Suspeitas de crimes de fraude fiscal nas buscas ao Sporting de Braga e Vitória de Guimarães
-
Buscas no FC Porto: as figuras que estão no centro das suspeitas