O julgamento de César Boaventura começou esta quarta-feira. O empresário de futebol está acusado de aliciar três jogadores do Rio Ave e um do Marítimo, na véspera dos jogos com o Benfica, em 2016.
Em tribunal, dois ex-jogadores do Rio Ave, Cássio e Marcelo, confirmaram terem sido abordados pelo empresário. O guarda-redes Cássio conta que foi aliciado para favorecer o Benfica por 60 mil euros. Já o defesa-central Marcelo disse que na altura entendeu a abordagem como uma brincadeira, testemunho que contraria o depoimento feito em 2017.
Lionn, o terceiro jogador que na altura dos factos pertencia ao Rio Ave, não compareceu em tribunal. Será ouvido numa sessão futura.
Este processo não visa o Benfica, uma vez que não ficou provado que o empresário agia mandatado por dirigentes do clube da Luz.
Segundo acusação, Boaventura comprometeu-se a pagar os favores em dinheiro e prometeu um contrato a um dos jogadores, num clube estrangeiro, no valor de 300 mil euros. Nenhum dos quatro profissionais envolvidos, aceitou as ofertas.
Na altura, em abril e maio de 2016, disputavam-se as últimas jornadas do campeonato. O Benfica liderava a classificação com dois pontos a mais que o Sporting.
Este é o segundo processo a envolver César Boaventura. O empresário é também arguido na Operação Malapata, acusado pelo Ministério Público de 10 crimes: cinco de burla qualificada, três de falsificação de documentos, um de fraude fiscal qualificada e outro de branqueamento de capitais.